OUVIR!
Ouvir não é mandar calar!
Nem absolver, como faz o confessor!
Ouvir é saber.
Saber que há quem fala de forma diferente daquele que ouve;
Que raciocina de outra maneira; que se exprime de outra forma.
Saber, por isso, que há diferenças:
que, todos iguais, mas cada qual como é!
Saber, também, que se aprende,
ouvindo!
Quem não percebe isto, não é tolerante,
Pois que só admite o que quer!
Não ouve:
manda e determina;
Condena, avalia, chumba e oficia!
É prepotente!
Se toda a gente ouvisse, apenas, conforme ao seu código, não era possível a conversa!
O que passava a existir era o disparate:
Uns, dizendo que o melhor discurso é o deles;
outros, contrapondo que não há como o que usam!
Vence o surdo.
Perdem todos!
Ouvir é ter o saber, tão simples, de não ser arrogante.
É saber que nem toda a gente fala como o ouvinte gostaria;
É ser humilde e paciente;
É ter tempo para entender a expressão do outro!
© JAF
22.04.2001